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Jonathan Busetti no Drop Solidário

por Alexandre

O perfil deste Drop Solidário é com um dos surfistas que mais ganhou títulos no ano passado aqui em Itajaí. Jonathan Busetti conta um pouco de seus 19 anos de surf. Conta também quais são suas praias e manobras preferidas. O atleta nos fala sobre o trabalho que faz com os shapers aqui da região.

O projeto Drop Solidário é uma forma que a ASPI encontrou de mostrar o trabalho dos surfistas e empresários locais. “Acreditamos no esporte e vamos fazer com que o surf de Itajaí se desenvolva sempre. Nossa intenção é mostrar o que temos de bom tanto dentro do mar como fora dele”, ressaltou o presidente da ASPI, Beto Mão na Borda.

ASPI: Nome completo e tempo de surf.

Jonathan Busetti: Jonatan Ary Silva Busetti – 19 anos de surf.

ASPI: Quando começou a surfar?

Jonathan Busetti: Comecei a surfar no verão de 2001. O surf sempre me chamou a atenção desde criança e meus pais me incentivaram desde o início.

ASPI: Você chegou a se profissionalizar?   Como foi a sua experiência? Quais as principais dificuldades enfrentadas e qual o melhor campeonato que você participou?

Jonathan Busetti: Cheguei a me profissionalizar sim, mas a experiência foi muita curta. Competi profissionalmente por dois anos. Muitas dificuldades para competir devido aos custos na época serem muito elevados.  No meu último ano de Pro/Junior aconteceram vários campeonatos como o Quicksilver, Oakley, Hurley. Várias marcas apoiando na época. Acredito que por causa destes eventos e deste apoio é que esta geração de surfistas profissionais brasileiros que estão no circuito mundial surgiu.

ASPI: Quais os campeonatos que você mais gosta de competir?

Jonathan Busetti: Os campeonatos que eu mais gosto de competir são os profissionais. Com boas ondas para todos os atletas mostrarem seu surf.

ASPI: Qual é o seu principal adversário? Tem alguém que quando cai na bateria com você, o bicho pega e o resultado é imprevisível?

Jonathan Busetti: Meu principal adversário sou eu mesmo. O surf é um esporte individual e não tem contato, então o lado psicológico conta muito. Se preparar bem fisicamente, ter um bom preparador físico. Conseguir fazer análise dos vídeos das ondas. Acho que a batalha do surfista é com ele mesmo. Apesar da gente acompanhar a história do surf com rivalidades como a do Kelly (Slater) e Andy (Irons) e hoje com Gabriel (Medina) e John John (Florence) também tem o Ítalo (Ferreira) acredito que são eles contra eles. Porque a gente precisa se superar e evoluir. Não adianta querer ganhar do outro surfista e não evoluir seu surf.

ASPI: Como fazer para não detonar a prancha mágica

Jonathan Busetti: Sobre a prancha mágica comigo sempre foi muito complicado. Em no máximo três meses as minhas pranchas mágicas quebravam. O que eu tiro sobre a prancha mágica é que ela sempre quebra e a prancha ruim dura para a vida inteira. A prancha mágica infelizmente quebra.

ASPI: Como replicar a prancha mágica?

Jonathan Busetti: Para fazer a réplica da prancha mágica temos que contar com um shaper qualificado. Um shaper que consiga entender as necessidades do atleta e que entenda e consiga fazer a réplica. Eu acho muito difícil. Uma prancha sempre fica muito diferente da outra. Mesmo que você mande fazer uma cópia com as mesmas medidas e dimensões, as vezes uma variação no bloco, na resina que é usada ou no tecido acaba alterando a composição da prancha e da performance.

ASPI: Você tem apoio de alguma marca de prancha? Se sim, como é o trabalho que você faz com o seu shaper.

Jonathan Busetti: Atualmente eu faço um trabalho com dois shapers, o Ricardo Kertchika, lá do Gravatá em Navegantes. E com o Sérgio Emílio aqui da praia Brava em Itajaí. Os dois são animais produzem pranchas de alta performance. Não tenho exclusividade. Estou fazendo um trabalho com os dois. Até agora estamos colhendo bons frutos. Meu surf está evoluindo muito e eles. Acredito que com meu feedback eles conseguem evoluir como shapers. É um trabalho muito importante para que no final seja a evolução do surf.

ASPI: Você consegue viver do surf hoje?

Jonathan Busetti: Hoje eu não consigo viver do surf. Não tenho patrocinadores. Somente apoiadores.

ASPI: Vi que você acabou de lançar um vídeo. Conta um pouco da sua parceria com a produtora The Cave e como foi gravar o vídeo.

Jonathan Busetti: Faço um trabalho forte com a The Cave produtora de vídeos.  Temos boas referências e o Luan é sensacional nesta parte de produção. Ele tem a visão, tem o dom e se dedica. É um trabalho super importante aqui para a cidade. Não é só o surf, precisamos estar no meio digital, publicando e movimentando as redes sociais que são muito importantes e traz uma imagem animal aqui para a cidade.

ASPI: Qual é a sua manobra favorita?

Jonathan Busetti: Eu gosto muito de tubo. As praias aqui favorecem esta manobra, como a praia Brava. Também gosto de dar aéreos, surfar forte, com trocas de bordas, fluidez e com manobras inovadoras. Não tenho uma manobra favorita, mas acho que é o tubo porque conecta o surfista com a onda.

ASPI: Qual sua praia favorita?

Jonathan Busetti: Aqui o quintal de casa é muito bom, não tem uma praia favorita. Amo demais a Atalaia, o Molhe, a Brava. As praias de Itajaí são as minhas favoritas.

ASPI: Uma surf trip inesquecível?

Jonathan Busetti: Com certeza foi para a Costa Rica. Foi um lugar mágico que conheci e peguei altas ondas. Conheci uma cultura animal, uma cultura que levo para a minha vida. A positividade, a Pura Vida. Foi sensacional ter conhecido aquele país.

ASPI: O surf em Itajaí foi proibido outra vez. Como é ficar sem surfar no período que tem mais ondas do ano?

Jonathan Busetti: Cara é muito complicado. Este período tem altas ondas.

ASPI: Como é ficar sem competir?

Jonathan Busetti: Estava comentando na água com o Eloin (Trevisan) que estava morrendo de saudade de competir. Sinto que estou no auge. Usei este tempo a meu favor para me preparar mais, treinar mais. Ficar mais forte não só fisicamente, mas psicologicamente e espiritualmente. Estou louco para competir, mas temos que esperar.

ASPI: Manda um recado para galera que curte o teu surf.

Jonathan Busetti: O recado é para a galera se conscientizar, porque hoje o surf está proibido em Itajaí. Devemos pensar no todo e não de forma individual. Isto é passageiro, vamos nos fortalecer para evitar esta contaminação. Acho que temos que parar de ser egoístas e pensar em todo mundo.

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A Associação de Surf Praias de Itajaí é uma entidade reconhecida como utilidade pública municipal, filiada a FECASURF (Federação Catarinense de Surf), responsável pela realização de campeonatos municipais, estaduais, nacionais e internacionais de surf na cidade, além também de realizar projetos culturais, sociais e de consciência ecológica.

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