O Down Surf Festival realizado no domingo (25) contou com a participação de 36 atletas. Mesmo com chuva, os competidores de Itajaí e Curitiba (PR) não perderam a alegria de fazer parte deste evento. O festival na praia da Atalaia homenageia o Dia Mundial da Síndrome de Down lembrado na quarta-feira (21). O evento teve apoio da Fundação Municipal de Esporte e Lazer de Itajaí (FMEL).
Antes de entrarem na água, os atletas receberam uma aula teórica na areia. Os professores das escolas Surf Escola BC, Surf no Pé e Escola de Surf Amigos da Atalaia ensinavam o básico para os atletas. Em média cada surfista pegou seis ondas, todas acompanhadas por um ou mais professores. No final da bateria, após as notas cada vencedor recebia medalhas.
Laura Maria Custódio, 25 anos, teve seu primeiro contato com o surf no domingo e estava muito ansiosa. Ela contou que não conseguiu dormir no sábado só pensando em participar do festival. “Estou achando o máximo. Estou muito feliz com a experiência e vamos ver como a gente vai se sair”, contou. Laura pegou seis ondas e conquistou nota 10 dos juízes.
O pequeno Gabriel Vieira, de apenas três anos, entrou na primeira bateria do dia. Monique Vieira conta que a água acalma o filho. O menino já fez três aulas de surf, mas estava eufórico para entrar o mar. Após 10 minutos de muita adrenalina e emoção, Gabriel ganhou nota 10 unânime entre os juízes e levou para casa uma medalha de campeão.
Tiago Castro, 12 anos, era só alegria depois de surfar e também receber nota máxima. Assim como Tiago, todos os participantes do festival receberam notas 10 e medalhas, além de muito carinho e energia positiva de todos que participaram do evento.
Inclusão para ir além
A psicóloga Simone Gomes Cordeiro veio de Curitiba e faz parte da entidade Reviver Down. Ela acredita que o festival fez todos perceberem que as pessoas com síndrome de down e autistas podem ir muito além do que imaginam. “É uma inclusão tanto para as pessoas que tem deficiência como para as pessoas ditas normais – que não tem deficiência”, disse.
Simone veio especialmente para participar do festival e trouxe com ela a delegação paranaense, que tinha 17 atletas com idades de 4 a 30 anos. “Nós vamos descobrindo com o tempo que eles têm potencial para tudo o que eles quiserem fazer”, finalizou Simone.
Para Tulio Ferri, um dos organizadores do evento, o Down Surf Festival tinha como objetivo mostrar para os pais e para a comunidade que eles podem fazer qualquer coisa. “O campeonato de hoje é igual ao que a Associação de Surf Praias de Itajaí – ASPI sempre realiza. Com juízes, beach marshal, locutor e tudo mais. Isto para que os atletas sintam a mesma emoção de uma competição. Esta emoção da competição é muito saudável para a família”, afirmou.
Para a ASPI, o festival é importante para mostrar que o surf pode fazer parte da vida de todos. “A associação está sempre de portas abertas para comunidade e para todas as entidades que queiram praticar o surf como forma de inclusão”, destacou o presidente, Juliano Secco.
O Down Surf Festival teve apoio da Fundação Municipal de Esporte e Lazer de Itajaí – FMEL, ASPI, Amor para Down, Reviver Associação Down, Surf Escola BC, Aces, Surf no Pé, Escola de Surf Amigos da Atalaia, Tac Print, Dekinha Baby, ALS Transportes, Surfers Paradaise, PG Surf Skate, Bar do Kao e Programa Longarina, da rádio Univali FM.